No próximo 21 de outubro celebra-se o Dia Nacional da Síndrome do Intestino Irritável (SII), “uma patologia incluída dentro da Síndrome de Sensibilidade Central (SSC)”, segundo o Dr. Oscar Cáceres, alergologista e imunologista clínico da Unidade SHC Medical do Hospital Viamed Santa Ángela de la Cruz, de Sevilha. Esta síndrome afeta entre 6 e 8% da população, sobretudo mulheres entre os 20 e os 40 anos, segundo os dados recompilados pelo Grupo Espanhol de Motilidade Digestiva (GEMD).
A SSC engloba patologias como a Fibromialgia, a Enxaqueca e Cefaleia Tensional, a Síndrome do Intestino Irritável, a Síndrome de Sensibilidade Química Múltipla, a Síndrome de Fadiga Crónica e a Síndrome de Eletrossensibilidade, entre outros. Todos estes processos têm em comum a sensibilização do sistema nervoso central, uma disfunção imunoneuroendócrina e mitocondrial, e um desequilíbrio no stress oxidativo.
“Todas estas patologias deixam de ser entidades independentes e passam a ter uns mecanismos de produção comuns, o que explica que o paciente não tenha numerosas doenças, mas um só transtorno que pode provocar toda esta sintomatologia descrita”, afirma o Dr. Cáceres.
Concretamente, a Síndrome do Intestino Irritável caracteriza-se pela presença constante de sintomas digestivos como dor abdominal, gases, inchaço abdominal tipo gestante, peso estomacal, distensão abdominal, diarreias, prisão de ventre e cãibras.
“Na maioria destes pacientes – comenta o Dr. Cáceres – aprecia-se uma alteração da permeabilidade intestinal, o que facilita a aparição de sensibilidades alimentares que podem estar na origem dos sintomas que apresentam”.
Além disso, constatou-se que muitos pacientes apresentam – além dos sintomas digestivos – , dores de cabeça, cansaço, dores musculares ou articulares, sintomas compatíveis com a Síndrome de Sensibilidade Central. “Quando estes pacientes são estudados e tratados desde a perspetiva de uma abordagem da SSC, consegue-se uma melhoria de 90%”, conclui este especialista.